terça-feira, 23 de setembro de 2008

Moldando a Vontade da Criança


Ensine Respeito Pela Autoridade Enquanto Ainda São Crianças


O conselho mais enfático que posso dar aos pais de uma criança agressiva e independente é: estabeleçam posição de líderes firmes, porém amorosos, enquanto a criança ainda está na idade pré-escolar. Esse é o primeiro passo no sentido de ajuda-la a aprender a controlar seus impulsos fortes. Trata-se de uma questão séria e não há tempo a perder; uma criança naturalmente rebelde encontra-se numa categoria de alto risco de apresentar comportamentos anti-sociais mais adiante na vida. Há uma probabilidade maior de ela desafiar os professores na escol e questionar os valores que lhe foram ensinados. Em função do temperamento, ela se opõe a qualquer um que tenta lhe dizer o que fazer. Felizmente, esse resultado não é inevitável, pois os vários aspectos complexos da personalidade humana tornam impossível prever comportamentos com precisão. Porém, tudo aponta para essa direção. Portanto, insisto em meu conselho mais enfático aos pais: que comecem a moldar a vontade da criança particularmente agressiva logo cedo. (observe que não estou dizendo para anular, destruir ou reprimir a vontade, mas sim controla-la, para o bem da própria criança). Mas como fazer?
Em primeiro lugar, deixe-me dizer que você não deve buscar esse objetivo. Rispidez, indelicadeza e severidade não funcionam no processo de moldar a vontade de uma criança. Semelhantemente, palmadas, ameaças e críticas constantes são destrutivas e contraproducentes. Os pais se mostram ríspidos e zangados, a maior parte do tempo criam ressentimentos que ficarão guardados e que irromperão no relacionamento durante a adolescência ou mesmo depois. Portanto, é necessário aproveitar todas as oportunidades de tornar o ambiente do lar agradável, divertido e receptivo. Ao mesmo tempo, contudo, os pais devem manter uma conduta firme e austera. São vocês, pais e mães, que estão no controle. São vocês que mandam. Se os pais tiverem essa convicção, a criança rebelde também aceitará o fato. Infelizmente, muitas mães tratam os filhos pequenos com insegurança e hesitação. Se você as observar com os filhos no supermercado ou no aeroporto, verá como estão frustradas, zangadas e totalmente confusas sobre a maneira de lidar com este ou aquele mau comportamento. São pegas inteiramente desprevenidas pelas crises de birra, como se nunca as esperassem, quando, na verdade, comportamentos desse tipo vêm se repetindo há algum tempo.
Um pediatra amigo meu contou-me de um telefonema que recebeu da mãe aflita de um bebê de seis meses;
- Acho que ele está com febre – disse ela num tom nervoso.
- Você mediu a temperatura? – perguntou o médico.
- Não – respondeu a mãe. – Ele não me deixa colocar o termômetro.
Essa mãe ainda tem muitos problemas a enfrentar pela frente. E seu filho tem muito mais perigos a enfrentar. Logo, ele sentirá a insegurança dela e ocupará o espaço que ela está deixando ao não assumir o controle.
Assuma o controle da vontade de seu filho, castigue-o quando for rebelde, elogie-o quando for justo, mais sempre diga que o ama, seja qual for a situação.
Se um confronto com a criança for inevitável, vença essa batalha, mostre quem está no controle. Quando os pais perdem essas batalhas repetidamente, recorrendo a lágrimas, gritaria e outros sinais de frustração, algumas mudanças dramáticas ocorrem na maneira como são vistos pelos filhos. Em vez de serem líderes firmes e seguros de si, tornam-se covardes indecisos, indignos de respeito ou lealdade.

Dr. James Dobson (Educando crianças geniosas).